Antigamente, quem morava na região metropolitana de Caxias do Sul tinha que fazer um contorno enorme para conseguir chegar ao litoral. A Rota do Sol é um importante elo de ligação entre a serra e o litoral gaúcho. A engenharia desafiou a natureza, superou a complexidade geológica e as dificuldades do trajeto, tornando essa rota uma das mais belas do Rio Grande do Sul. Essa ligação entre o Litoral e o Planalto da Serra Geral se faz através da Serra do Pinto, uma estrada com cerca de 70km e ótimas condições de trafegabilidade, o trajeto começa na RS-486, na cidade litorânea de Capão da Canoa, cruza a BR-101, atravessa a cidade de Terra de Areia, famosa pela produção de abacaxis e bananas. A rota continua por Itati até a cidade de Tainhas, onde fica a Estação Ecológica de Aratinga, nesse ponto a estrada toma rumos distintos. Para o norte, pela RS-020 segue a rota dos Campos de Cima da Serra em direção à Cambará e os famosos cânions, para o sul da RS-020 inicia a Rota Romântica, passando por São Francisco de Paula, Canela, Gramado indo até São Leopoldo. Se continuar em frente, no cruzamento da RS-020, a rodovia passa se chamar RS-253 e vai sair em Caxias do Sul, que pertence à Rota Do Vinho e da Uva.
Antes de chegar "oficialmente" à Rota do Sol, vale a pena desviar da rodovia BR-290 e passar pelo Parque Eólico de Osório, município conhecido pelos ventos que cortam a região. O Parque fica nas proximidades da laguna dos Barros, de beleza impar, que é contornada pela rodovia RS-101. O Parque Eólico, tem capacidade instalada estimada em 150 MW, é a maior usina eólica da América Latina. É composto por 75 torres de aerogeradores de 98 metros de altura e 810 toneladas de peso cada uma, podendo ser vistas da auto-estrada e de praticamente todos os bairros da cidade. A cidade de Osório, suas lagunas, o parque eólico e todo seu contorno podem ser admirados na rampa do Morro da Borússia, local muito visitado para quem gosta de voô livre. A paisagem é de tirar o fôlego.
A Rota do Sol é deslumbrante em todo seu trajeto, a natureza se transforma a cada quilômetro percorrido. O ponto de partida é nas proximidades com o litoral entre as lagunas, onde as águas calmas interagem com a estrada. Em Terra de Areia, capital do abacaxi, é recomendável parar e saborear a fruta. A medida que a altitude aumenta, a vegetação vai ficando com outro tom de verde, e já pode-se avistar ao fundo as montanhas da Serra Geral. Alguns quilômetros adiante, nas proximidades de Aratinga, tem o primeiro conjunto de túneis escavados diretamente nas rochas, obra-prima da engenharia. A parada obrigatória é no primeiro mirante, antes da entrada do Túnel da Reversão, que corta a Serra do Pinto, nesse mirante vemos a grandeza e a beleza da encosta da serra. Mais acima, no topo da serra a vegetação começa a ficar mais densa, onde já podemos avistar pinheiros e araucárias, isso indica que estamos chegando no final do nosso trajeto e nos aproximando das outras rotas turísticas como a Rota Romântica e a Rota dos Campos de Cima da Serra.
Na beira da estrada existem foram construídas diversas casas de madeira (no sul conhecidas como chalés) que embelezam o trajeto. As tendas comercias também fazem parte da paisagem, são inúmeras, oferecendo opções de compra de todos os genêros: lanches, refeições, artesanatos, frutas e legumes.
Próximo ao Viaduto da cascata e junto ao Restaurante Mirador, a parada é obrigatória, uma das razões é para almoçar ou fazer um lanche e a outra é para curtir a paisagem. O local é amplo, com várias vagas de estacionamento e ideal para relaxar da viagem.
Ponto de parada obrigatória, também, é no mirante do Túnel da Reversão, além de apreciarmos a belíssima obra de engenharia projetada pelos homens (pontes + túneis), ficamos encantados com a engenharia Divina, criada por Deus, a vista do complexo de montanhas é de tirar o fôlego.