RS - Novo Hamburgo

Novo Hamburgo

Antigamente o nome era Hamburger Berg, teve origem nas lojas e oficinas que se estabeleceram, no século XIX, em local estratégico para negócios no entroncamento de importantes estradas. Passavam pelo local pessoas a caminho de São Leopoldo, de Porto Alegre, da Campanha, etc... Ali também que se estabeleceram as primeiras manufaturas de curtimento, artesanato de couro e calçados. Em 1875, Hamburger Berg tornou-se o 4º distrito de São Leopoldo, com o nome de Nossa Senhora de Hamburgerberg. Com a emancipação de Novo Hamburgo, Hamburgo Velho torna-se seu 2º distrito. Tendo a cidade se emancipado de São Leopoldo em 1927, sua industrialização se acelerou, tornando-se um dos pólos econômicos do Vale do Sinos. Por muito tempo, a indústria foi praticamente formada apenas pela cadeia coureiro-calçadista, com várias empresas de destaque. Novo Hamburgo tornou-se a capital nacional do calçado e na década de 1980 a cidade recebeu a alcunha de capital nacional do skate. Na década de 1990 a cidade enfrentou a crise do calçado e seu crescimento estancou. Hoje com aproximadamente 240.000 habitantes, Novo Hamburgo é uma cidade com uma economia bem diversificada. Uma grande oferta de restaurantes de diversos gêneros transforma Novo Hamburgo em um roteiro gastronômico imperdível. Restaurantes como Galeto D’Itália, O Bifão, Confeitaria Bier, Pica Pau Lanches, Churrascaria Primavera, entre outros, tornaram-se tradicionais na região. Quem visita uma vez sempre quer voltar.

Circulando por Novo Hamburgo

Novo Hamburgo é considerada uma cidade moderna, porém possui uma mistura de estilos arquitetônicos, conservando os prédios que contam a história dos primeiros imigrantes alemães. Próximo ao centro histórico tem a avenida Maurício Cardoso que é privilegiada pela vista da cidade e pelo cuidado com o paisagismo. Nessa rua tem o Sunset Residence, com 28 andares, um dos edifícios mais altos do estado e o imponente hotel Swan Tower. Andando pelo centro da cidade, diversos prédios também se destacam: Dom Velasques, Torre Bento Gonçalves, Atlas Executive Center, Torre Prata entre outros.

Praças e Monumentos

Monumento ao Sapateiro: Criado pelo artista Flávio Scholles e inaugurada em 1979, é uma homenagem aos operários das fábricas de calçados. São seis relógios estilizados, com oito horas cada. As horas representam a jornada diária de trabalho, e cada relógio representa um dia da semana. O monumento do sapateiro fica no bairro Rio Branco, na rótula do colégio PIO XII, bem próximo ao centro.
Monumento à Bíblia: Criado pelo artista hamburguense Marciano Schmitz, é uma homenagem a todas as religiões. Inaugurado em 1980, fica no Parque Floresta Imperial, na Avenida Coronel Travassos, local bem calmo escolhido pelo artista. A inspiração veio de monumentos pré-históricos, feitos com pedras fincadas no chão. As quatro figuras na entrada representam os quatro evangelistas. As três figuras olhando para o centro da obra representam a introspecção, como a religião faz com que a gente olhe para dentro de nós mesmos. E as três figuras que olham para fora lembram o aspecto social das religiões. No centro há uma cruz, o símbolo do cristianismo, com dois círculos, um representando o Antigo Testamento, e outro representando o Novo Testamento.
Monumento à Paz: Também de autoria Marciano Schmitz, inaugurada em 2001, fica na Praça do Imigrante, no Centro. Ele mostra uma ave levando as armas embora e expressa o desejo de um mundo sem violência. As armas da obra foram feitas a partir de armas recolhidas durante a campanha do desarmamento.
Monumento ao Imigrante: É o monumento mais antigo da cidade, foi construído em 1927, em comemoração ao centenário da imigração alemã, no primeiro lote colonizado na cidade, hoje sede da Sociedade Aliança no bairro Hamburgo Velho. O projeto foi elaborado pelo arquiteto Ernest Karl Ludwig Seubert, que venceu o concurso feito para escolher o autor da obra. Ernest era um imigrante, nasceu na Alemanha em 1876 e veio para o Brasil em 1913. O monumento tem forma octogonal e uma torre central de vinte e três metros de altura. A escadaria interior dá acesso a sacadas. Os dois últimos pavimentos formam uma cobertura.

Hamburgo Velho e a arquitetura alemã

Novo Hamburgo é a cidade da região metropolitana que tem o maior número de casas históricas preservadas, o bairro de hamburgo velho concentra sua grande maioria. Nos bairros próximos à Hamburgo Velho, também é possível apreciar belos exemplares remanescentes dessas casas, inclusive no centro da cidade. Muitas dessas casas são utilizadas e conservadas pelo comércio local. A Casa Schmitt-Presser, que foi tombada em 1985 pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), localiza-se no bairro Hamburgo Velho. Em 1990 começaram as obras de restauração, com recursos da prefeitura e do IPHAN, e em 1992 a casa foi aberta ao público como museu comunitário que conta a história da colonização alemã na cidade. Esta casa é muito importante porque foi construída na metade do século XIX, e é uma das mais antigas do Rio Grande do Sul no estilo enxaimel, que é uma técnica de construção que consiste em paredes montadas com hastes de madeira encaixadas entre si, sem utilização de pregos. Aqui, esta técnica europeia foi adaptada aos materiais disponíveis. Esta casa era de Johann Peter Schmitt, que nasceu na Alemanha em 1801. Quando ele tinha 24 anos, ele chegou em São Leopoldo com sua mãe e cinco irmãos. Ele se dedicou à navegação no Rio dos Sinos e, por volta de 1930, estabeleceu-se em Hamburgo Velho como comerciante. O museu, que em 2004 tornou-se patrimônio cultural do Estado, fica ao lado do Museu de Arte Scheffel, um casarão em estilo neoclássico construído em 1890 por Adão Adolfo Schmitt, serviu de residência, casa comercial, escola e até hospital. Foi restaurado pelo Município em 1978. Lá estão cerca de 400 obras de Ernesto Frederico Scheffel, e é uma das maiores pinacotecas do mundo com obras de um mesmo artista.

Igrejas

Igreja Evangélica da Ascensão: Construída em 1951, foi tombada em 2008 como patrimônio histórico e cultural. Em estilo gótico, lembra os espaços religiosos erguidos durante a Idade Média na Europa. Os arquitetos góticos eram dominados pela ideia de verticalidade, por isso as estruturas que criaram são pontiagudas. O prédio também tem belos vitrais coloridos. E as torres abrigam dois sinos de tubos da Arbohn, antigo fabricante de órgãos da cidade. Ali havia, antes da construção dessa igreja, outro templo, feito em 1895. A igreja fica na Rua Bento Gonçalves, bem no centro de Novo Hamburgo.
Catedral Basílica São Luiz Gonzaga: Foi feita em estilo romano basilical, e possui afrescos dos artistas Aldo Locatelli, Marciano Schmitz, do italiano Emílio Sessa e Irmão Nilo. A primeira igreja foi construída em 1926. A pedra fundamental do prédio atual foi lançada em 1952. Lá pode ser visto um órgão de tubos Arbohn. A catedral fica na Rua Cidade Atlântida, também no centro, próximo ao shopping.
Santuário das Mães: É uma capela é bem diferente, em formato triangular. Todo o mês de maio, ocorre a consagrada Caminhada das Mães. O local é privilegiado próximo à confluência da BR-116 e da RS-239, no bairro Alpes do Vale, proporciona uma bela vista da cidade.
Igreja Nossa Senhora da Piedade: Foi construída em 1936, e há muitas pinturas nas paredes, além de um órgão de tubos Arbohn. Fica situada, em Hamburgo Velho, próximo ao hotel Swan Tower.
Igreja Evangélica Três Reis Magos: Foi a primeira igreja evangélica luterana construída em Novo Hamburgo, e uma das mais antigas do Rio Grande do Sul: foi inaugurada em 1833. Em 1936, recebeu o primeiro tubo fabricado pela Arbohn. Destaque para a torre com quase 50 metros, erguida em 1898, com três sinos e um relógio. Uma simpática pracinha na frente e a vista para o morro Dois Irmãos completam o ambiente externo. Essa igreja também fica em Hamburgo Velho.

Lomba Grande / Turismo Rural

Novo Hamburgo tem o privilégio de possuir uma área rural tão diversificada como Lomba Grande. Distante do centro aproximadamente 15Km, Lomba (como é chamada pelo povo), é praticamente uma cidade, possui estrutura comercial local com diversas opções de gastronomia e lazer, Campings, Centro de Tradições Gaúchas (CTG) e a tranquilidade do campo. O maior bairro de Novo Hamburgo também possui algumas casas construídas no início do século passado, mantendo a história e a cultura da colonização alemã.

Gastronomia

Novo hamburgo tem uma rede gastronômica tão diversificada e saborosa, que cada vez que visitamos outros estados, a primeira coisa que nos vem à cabeça quando retornamos é comer, e comer bem. São tantas as opções: o Xburger do Pica-Pau Lanches (incomparável), A pizza do Kronhardt (não conheço outra igual no Brasil), o galetinho com polenta do Galeto D'Itália, o churrasco do Primavera, a comida alemã caseira da Casa da Colina de Lomba Grande, aqueles bifes enormes do Bifão, a culinária refinada do Paulinho Pilatti, entre outros tantos, tão bons quanto aos que foram citados. Uma dica para quem for visitar Novo Hamburgo: não deixe de ir a um desses locais, quem experimenta uma vez, com certeza, volta novamente.