Garibaldi emancipou-se de Bento Gonçalves e tornou-se município em 1900. Antes desse evento chamava-se Conde d´Eu. A cidade está localizada na serra gaúcha a 110 quilômetros de Porto Alegre com 640 metros de altitude. Colonizado por imigrantes italianos, teve forte influência da cultura francesa, transmitida pelas suas congregações religiosas, responsáveis pela educação dos habitantes durante décadas. Além disso, veio a receber o aporte dos sírio-libaneses, no que diz respeito ao comércio. Esses são alguns dos fatores que contribuíram para o Garibaldi de hoje. Um município com diversidade econômica e cultural, rico de história e memória. Sua população é de 32.578 (Censo de 2013).
Garibaldi é sinônimo de história. Andando pelas ruas do centro vemos uma mistura histórica e comtemporânea em harmonia, ruas e jardins bem cuidados e um povo alegre. O município é conhecido como a Terra do Champanha, tendo diversas marcas consagradas produzindo aqui, tais como: Chandon, Georges Aubert e Peterlongo. A maioria das vinícolas permitem visitações com direito a degustação. Para quem quiser fazer um city-tour, a prefeitura disponibiliza o Tim Tim, um caminhão GMC de 1944 adaptado para o turismo. Em Garibaldi acontece há mais de 30 anos a Fenachamp, uma festa dedicada a celebrar e divulgar a vinicultura local. Outro ponto de degustação da champanhe é na antiga estação ferroviária, local de parada do passeio ferroviário entre as cidades de Bento Gonçalves e Carlos Barbosa, disponibilizando a bebida para os turistas que fazem o trajeto.
- Igreja São Pedro: Inaugurada em 1924, em estilo arquitetônico neogótico, possui belos vitrais coloridos com citações escritas em dialeto vêneto. Na parte interna, encontra-se um altar artístico com várias esculturas e em todas as paredes encontram-se afrescos muito bem pintados. Um dos componentes mais importantes desta igreja é o maravilhoso órgão que fica instalado na parte alta. Ao todo são 15 mil peças que compõem a montagem deste aparelho, e se forem contadas os acessórios, chega-se ao número de 18 mil peças. Uma das quatro réplicas em tamanho real do Santo Sudário existentes no Rio Grande do Sul pode ser admirada no interior do templo.
- Ermida Nossa Senhora de Fátima: Construída em 1953 e sua cobertura é composta por seis águas. A imagem da santa, que se encontra no altar, foi entalhada em madeira e doada por Portugal. Seguindo a tradição católica, a aparição de Nossa Senhora de Fátima ocorreu no dia 13 de maio e todos os meses neste dia são celebradas missas em sua homenagem. Junto à ermida tem uma praça, ponto de encontro das famílias de Garibaldi, com bancos para apreciar um chimarrão e um playground para as crianças.
- Capela dos Capuchinhos: Os capuchinhos de Garibaldi são os únicos no Brasil a terem vindo da França e a capela é uma réplica de um templo da cidade francesa de Anecey. Foi erguida em 1931, possui três naves conservando ainda os oito altares laterais, relembrado o tempo onde o Padre rezava a missa de costas para os fiéis, e como ali existia a faculdade de Teologia, haviam diversos mini altares para que cada frei rezasse sua missa.
Garibaldi ainda possui um grande número de edificações históricas, algumas não fazem parte do patrimônio oficial da cidade. O Roteiro Passadas possue um acervo de 35 exemplares de construções que se estendem ao longo da Buarque de Macedo e ruas adjacentes. As fachadas centenárias dos prédios contam a história de italianos, franceses, sírios, tropeiros mascates e artesãos que passaram por ali. Maiores informações de cada casa podem ser obtidas no site oficial de Garibaldi: www.garibaldi.rs.gov.br.
O prédio que abriga o Museu Municipal e o Arquivo Histórico de Garibaldi, é o prédio mais antigo de alvenaria da serra gaúcha. No passado abrigava a Societá Italiana de Mútuo Socorso D'Itália, era sede do governo italiano. No pátio, está o Monumento em homenagem a Giuseppe Garibaldi e um tronco de árvore petrificada de 245 milhões de anos. No interior, o visitante encontra quatro exposições permanentes: A antiga casa do imigrante italiano; o Memorial de Giuseppe Garibaldi; Arte Sacra e um Consultório Dentário.
A estação foi inaugurada em 1918 e desativada para passageiros em 1976. Em 1978 a linha foi aproveitada para turismo pela RFFSA e ficou conhecica como "Trem do Vinho ou "Trem da Uva" em referência ao Vale dos Vinhedos. Em 1993 a empresa Giordani Turismo assumiu o comando tornando uma grande atração da Serra Gaúcha e passou a chamar "Passeio da Maria Fumaça" que inicia em Bento Gonçalves, passondo por Garibaldi e encerrando em Carlos Barbosa. Em Garibaldi há uma recepção com música gaúcha e italiana, além de degustação de espumante e suco de uva. No destino final, Carlos Barbosa, também acontecem apresentações de música italiana. O espaço é aberto também para lazer, nos finais de semana é ponto de encontro para os moradores da cidade.
O Passeio da Barragem foi construído às margens da barragem de Garibaldi, local bucólico onde os trilhos do trem de turismo atravessam sobre uma ponte de pedra e a Maria Fumaça pode ser vista por outro ângulo. Local ideal para descanso, bastante arborizado e cheio de hortências. Uma pinguela de madeira cheia de charme pode ser atravessada ou somente ser utilizada para um belo cenário de uma foto.
A Fenachamp é a concretização de um sonho que iniciou no ano de 1913, quando Garibaldi realizou a 1ª Exposição de Uvas da Região Serrana, foi quando Manoel Peterlongo Filho elaborou o primeiro champanha brasileiro. A 1ª edição ocorreu somente em 1979 junto com o Festival Colonial Italiano, onde houve uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Garibaldi, o Centro da Indústria Fabril e a Associação Comercial, surgindo a Fenachamp (Festa Nacional do Champanha), com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento comunitário, econômico e social do município. Porém, o espaço não é somente para Festa do Champanha, o parque ainda possui o Memorial da Colonização Italiana, quiosques que abrigam cursos de degustação de espumante e gastronomia, rodeios, apresentação de danças típicas e culturais e espaço de lazer para a família de Garibaldi e visitantes.
Suas instalações e a qualidade das bebidas que produz, atraem visitantes do Brasil inteiro e também, do exterior. Todos ávidos por conhecer e degustar o primeiro e único champagne do Brasil. A construção segue os padrões da região de Champagne, na França e suas instalações incluem uma residência em forma de castelo e uma cave subterrânea de 10 mil m². Toda em pedras basalto, a cave baseada nos moldes franceses, mantém constante a temperatura das garrafas em todas as estações do ano. Com o decorrer dos anos a cave foi sendo ampliada para poder acompanhar o crescimento da produção de champagnes. A Peterlongo foi a primeira vinícola brasileira a obter o direito de uso do termo champagne no Brasil, foi a primeira vinícola a empregar a mão-de-obra feminina e também a primeira a exportar os seus produtos. A vinícola permite visitação guiada que dura em média 50 minutos e neste período, é possível reviver a história da elaboração do 1º Champagne do Brasil. Site oficial da vinícola: www.peterlongo.com.br.